Idealizadores: Recife.

Idealizadores: Idealizadores: Recife

Por volta do ano 1000, os índios tapuias que ocupavam a região da atual cidade do Recife foram expulsos para o interior do continente por povos tupis procedentes da Amazônia. Quando os portugueses chegaram à região, no século XVI, a mesma era habitada por um desses povos tupis: os caetés1 .
Durante os anos anteriores à invasão da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais, o povoado do Recife existiu apenas em função do porto e à sombra da sede Olinda, local que a aristocracia escolheu para residir devido à sua localização elevada, que facilitava a defesa. Ergueram-se fortificações e paliçadas em defesa do povoado e do porto do Recife, todas elas voltadas para o mar. Os temores voltavam-se para o oceano por conta dos constantes ataques ao litoral da América Portuguesa pela navegação de corso e pirataria. Ainda no final do século XVI, o "povo dos arrecifes" foi atacado e saqueado pelo pirata inglês James Lancaster, que, com três navios, derrotou a pequena guarnição responsável pela defesa do porto. Entre os anos de 1620 e 1626, o então governador Matias de Albuquerque procurou estabelecer posições fortificadas no porto do Recife a fim de que se pudesse evitar outro ataque como aquele, bem como dissuadir a Companhia das Índias Ocidentais da ideia empreendida na Bahia em 1624.

Governo da WIC

Vista do Recife por João de Laet (1664).
O Recife, conhecido como Mauritsstad (Cidade Maurícia), foi a capital do Brasil neerlandês, tendo sido governada na maior parte do tempo pelo conde alemão (a serviço da Coroa dos Países Baixos) Maurício de Nassau. O império neerlandês nas Américas era composto na época por uma cadeia de fortalezas que iam do Ceará à embocadura do rio São Francisco, ao norte de Alagoas. Os neerlandeses também conquistaram uma série de feitorias na Guiné e em Angola, o que lhes dava controle sobre o tráfico negreiro, juntamente com a produção de açúcar administrados pela Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (West Indische Compagnie), a empresa para quem Nassau esteve a serviço, de 1637 a 1644.
O conde desembarcou na Nieuw Holland, a Nova Holanda, em 1637, acompanhado por uma equipe de arquitetos e engenheiros. Nesse ponto começa a construção de Mauritsstad, que foi dotada de pontes, diques e canais para vencer as condições geográficas locais. O arquiteto Pieter Post foi o responsável pelo traçado da nova cidade e de edifícios como o palácio de Freeburg, sede do poder de Nassau na Nova Holanda, e do prédio do observatório astronômico, tido como o primeiro do Novo Mundo.
Maurício de Nassau praticou uma política de tolerância religiosa frente aos católicos e calvinistas. Além disso, permitiu a migração de judeus ao Recife e a criação de uma sinagoga, a Sinagoga Kahal Zur Israel, inaugurada em 1642 e considerada o primeiro templo judaico da América.
Nassau era também um entusiasta da ciência e das belas artes. Ao embarcar para o Brasil, trouxe uma plêiade de naturalistas e pintores para retratar e estudar a novo continente. Entre estes destacam-se os pintores Frans Post e Albert Eckhout, que retrataram as paisagens e os exóticos habitantes locais, o médico Willem Piso e o naturalista alemão Georg Marggraf, que estudaram a a fauna e a flora, a farmacopéia local e as doenças tropicais.
Nassau retornou à Holanda em 1644, demitido devido a desentendimentos com as autoridades da Companhia, que não se contentaram com o nível de lucros das possessões brasileiras. Os novos governantes holandeses entraram em conflito com a população, desencadeando a partir de 1643 uma insurreição - a chamada Insurreição Pernambucana - que terminaria com a expulsão definitiva dos holandeses em 1654. A economia açucareira local passou a enfrentar a competição das Antilhas Holandesas, para onde os holandeses levaram a tecnologia da produção de açúcar.

A minha visita a Recife
 Nesta cidade conheci o marco zero da cidade, o local onde começou a cidade, o museu Ricardo Brennand, o museu de bonecos gigantes, foi uma aula muito interessante.

Gabriel Silva
 

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