UEFA Champions League - Final




              Na decisão de Wembley, depois de tocante festa de encerramento e execução do Hino da Champions, o Bayern foi amassado nos primeiros 25 minutos pelo Borussia Dortmund. Sem sentir tanto a ausência de Gôtze, com intensa troca de funções entre Kuba, Reus e Grosskreutz, e ótima movimentação de Lewandowski, o time amarelo e preto poderia ter goleado não fosse Neuer .
                 O Bayern acordou aos 25. Marcou melhor desde o meio-campo. Contragolpeou com mais perigos. Jogou o que sabe – que é muito. E evitou que o ótimo Dortmund fosse o colosso que vinha sendo. O que eram só aplausos a Neuer também viraram para Weindefeller. Ótimo no primeiro tempo, ainda melhor no segundo, o goleiro do Dortmund evitou de todos os jeitos os chutes e cabeçadas do Bayern – que ganhou todas pelo alto.
Só não ganhou por baixo que Robben, mais uma vez, perdeu tudo. Uma ele chutou no peito do goleiro, que saiu como manda o figurino, ampliando a área corporal com imensa categoria e técnica. Na segunda, um tiro cara a cara – mesmo – explodiu na bochecha do goleiro alemão. Era Robben perdendo gols decisivos como Robben.                                                           
     Veio o segundo tempo. Enfim um Bayern melhor, mais à frente, marcando e jogando melhor. Mas criando pouco até Ribèry enfiar a bola às costas de Hummels para Robben limpar e tocar para Mandzukic abrir o placar, com 14 minutos. Era o gol merecido para o melhor em campo – na Alemanha e na Europa.
                                                                                
Seria o gol do título não fosse Dante emular zagueiros brasileiros fora de forma e cometer pênalti estúpido em Reus. Gundogan empatou, aos 22, coroando grande campanha na temporada do volante-direito do Dortmund.
O jogo caminhava para a prorrogação. Os excelentes treinadores seguravam as substituições. E Robben perdia gol até sem finalizar. Sem concluir. Sem chegar na bola.
Aos 26, Muller ganhou na raça e na bola da zaga amarela, tocou livre para Robben não chegar, diferentemente de Subotic, que salvou gol certo com entrega espetacular.
O jogaço só não tinha placar maior por conta de Weidenfeller e Neuer. E, talvez, por partida menos eficiente de Schweinsteiger e Muller.
E, sim, Robben. E, nãoooooo! Robben! Não é assim!!!! Por três vezes.
Mas Ribéry, de calcanhar, fez mais uma vez bonito. De calcanhar rolou para Robben irromper pela área e, de novo, de velho, encarar o goleiro do Dortmund.
Desta vez, aos 43, não teve bomba no peito ou na bochecha do goleiro. Não teve bola na trave ou raspando. Não teve choro de Robben com a derrota.
Teve gol de Robben de título. Ele tirou o suficiente do goleiro alemão e fez a bola quase não bater na rede do Dortmund. Mas bater fundo no coração pentacampeão europeu com um tiro fraco. Mas preciso.
                                                                             
Tudo que doía de derrotas no fim como em 1999 ou o empate no final, em 2012, deste vez virou o jogo no Bayern. Como Robben.
Quando se tem talento e tarimba, camisa e coração, o resultado é o que fez Robben. O que faz o Bayern. O que deverá fazer mais vezes o clube da Baviera. Da Alemanha. Da Europa.
E cada vez mais mundial.
Robben merecia. O Bayern mereceu. O futebol alemão merecia a grande final na Inglaterra.

                                                             

         
Autor : Gustavo Henrique

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